quarta-feira, 13 de abril de 2011

Inicias...

E me inicias
meda graça ferraz

Tu me encontras sempre
como barca abandonada
no mar imóvel e sem vagas
E tu me inicias...

Traças retas em meus pontos
Riscas arcos curvos nos
meus cantos escuros
Depura a forma de minha
figura. Abre meus ângulos
E tu me crias

Pelo poder do amor
Como um pequeno deus
cego na matéria imerso
Torna-me eu
Toma-me tua

Após cada gesto de amor,
eu morro em ti
tu nasces de mim
sob a túnica da noite/dia
sacudida
E nunca se termina...

Por toda eternidade,
um de nós se inicia
na terrena trindade

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